terça-feira, 29 de junho de 2010

Criação de salas de amamentação no trabalho

Mais de 34% das mães brasileiras que voltam ao trabalho no Brasil deixam de amamentar. Órgão quer sensibilizar dirigentes e monta protótipo de sala de apoio.

O Ministério da Saúde (MS) convidou cerca de 200 empresários para sensibilizá-los sobre a importância do aleitamento materno e incentivá-los a criar Salas de Apoio à Amamentação nas empresas.
Para o MS, a participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho não deveria privá-la de amamentar seu filho. Por isso, o MS deu um passo importante para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil. Publicou a Portaria nº 193, de 23 de fevereiro de 2010, em que o Ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelecem as normas para implementação de salas de apoio à amamentação em empresas públicas e privadas.
No encontro com os empresários, será entregue aos empregadores um folder sobre como apoiar a continuidade da amamentação na empresa após a licença maternidade, além de uma cartilha para a mulher trabalhadora com esclarecimentos sobre a importância do aleitamento materno para a saúde dela e do bebê, e como manter essa prática após retorno ao trabalho. O evento é uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, da Secretaria de Atenção à Saúde do MS.

BENEFÍCIOS - Com a implantação de uma sala de apoio à amamentação, não só mães e filhos são beneficiados. Empresas que tomam essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos. Considerando que o leite materno possui anticorpos que previnem doenças e, consequentemente, crianças que mamam no peito adoecem menos.
Também ao dar mais conforto e valorizar as necessidades de suas funcionárias, os empregadores podem ter uma adesão maior ao emprego, com a consequente permanência de pessoal capacitado na empresa, o que leva a uma percepção mais positiva da imagem da instituição perante os funcionários e a sociedade.

A mãe, se preferir, também pode doar o leite materno para um Banco de Leite Humano. “É importante destacar que a sala possui baixo custo de implantação e manutenção”, afirma a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento materno do MS, Elsa Giugliani, ressaltando que além de instalações em que as mães se sintam confortáveis e seguras, é preciso oferecer condições adequadas de limpeza e higiene para que o leite chegue à criança com a qualidade necessária.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação por até dois anos de idade ou mais, desde que complementada por outros alimentos adequados à nutrição do bebê a partir dos seis meses.

Portal do Ministério da Saúde

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