quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como orientar meninas adolescentes quanto à prevenção de uma gestação indesejada?

Orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.
Pode-se orientar as adolescentes e obter êxito com essas orientações através do diálogo e do vínculo do profissional de saúde com a mesma.As pessoas jovens merecem um atendimento que não as julgue e que as respeite, independente do quão jovem possam ser. Críticas e atitudes de censura manterão as jovens distantes do atendimento que necessitam. Para tornar os serviços acolhedores aos jovens, pode-se:

- Mostrar aos jovens que você gosta de trabalhar com eles.
- Fazer o aconselhamento em locais reservado onde você não será visto nem ouvido. Garanta a confidencialidade e assegure à adolescente que ninguém saberá do teor da conversa.
- Ouça cuidadosamente e faça perguntas abertas tais como “Em que posso ajudar você?” Ou “Que dúvidas você tem?”- Utilize linguagem simples e evite os termos científicos.
- Use termos que se adequado aos jovens. Evite termos tais como “planejamento familiar”, que podem parecer irrelevantes para as pessoas que não são casadas.- Seja caloroso e receptivo com os parceiros e incorpore-os ao aconselhamento, caso a adolescente assim deseje.
- Tente certificar-se de que as opções de uma adolescente sejam decisão sua e não resultado da pressão de seu parceiro ou família. Em particular, se ela estiver sendo pressionada a fazer sexo, ajude esta adolescente a refletir sobre o que pode dizer e fazer para resistir e diminuir a pressão.
- Faça-a praticar suas habilidades em negociar o uso de preservativos.
- Fale sem expressar julgamento (por exemplo, diga “você pode” ao invés de “você deve”). Não critique mesmo que você não aprove o que a jovem está dizendo ou fazendo. Ajude as adolescentes a tomarem decisões que sejam de seu interesse.
- Dedique tempo para abordar as dúvidas, receios e falta de informação sobre sexo, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e métodos anticoncepcionais.

Muitas jovens precisam de alguém que lhes diga que as mudanças em seu corpo e emoções são normais. Esteja preparado para responder a questões mais freqüentes sobre puberdade, menstruação, masturbação, ejaculação noturna e higiene genital.

Os jovens podem usar, com segurança, qualquer método anticoncepcional.As adolescentes são, freqüentemente, menos tolerantes com os efeitos colaterais que as mulheres mais velhas. Porém, por meio do aconselhamento, saberão o que podem esperar e assim ser menos provável que abandonem o método que estejam utilizando.Jovens não casadas podem ter mais parceiros que as mais velhas e, por isso, podem enfrentar um risco maior de contrair DSTs. É parte importante do aconselhamento levar em conta o risco de DSTs e a maneira de reduzi-lo.

http://blog.telessaudebrasil.org.br/?p=1157

Bebidas acoolicas na adolescência

Embora o estatuto da criança e do adolescente proiba a venda de bebidas alcoolicas para menores de 18 anos, entre os jovens de 12 a 17 anos a taxa de alcool é de 7%.A pesquisa nacional doe saúde do escolar (Pense) de 2009,realizada pelo instituto brasileiro de geografia e estatistica((IBGE) e financiada pelo Ministerio da Saúde,mostrou que 27% dos estudantes havia bebido no ultimo mês.
Riscos:A bebida pode agir como estimulante em uma primeira fase e deixa a pessoa desinibida e euforica,mais a medida que as doses aumentam,começam a surgir,os efeitos depressores,que levam a diminuição coordenação motora,nos reflexos do sono.O uso prolongado pode causar alcoolismo, cirrose e cançer no figado.No comportamento provoca agressividade.
É importante ressaltar que o consumo álcool pode trazer prejuizos ao corpo do adolescente,ainda em formação.Além disso,pode aumentar a vulnerabilidade para infecções sexualmente trasmissiveis,pela aunsência do uso de preservativos nas relações;violência e acidente.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Criação de salas de amamentação no trabalho

Mais de 34% das mães brasileiras que voltam ao trabalho no Brasil deixam de amamentar. Órgão quer sensibilizar dirigentes e monta protótipo de sala de apoio.

O Ministério da Saúde (MS) convidou cerca de 200 empresários para sensibilizá-los sobre a importância do aleitamento materno e incentivá-los a criar Salas de Apoio à Amamentação nas empresas.
Para o MS, a participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho não deveria privá-la de amamentar seu filho. Por isso, o MS deu um passo importante para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil. Publicou a Portaria nº 193, de 23 de fevereiro de 2010, em que o Ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelecem as normas para implementação de salas de apoio à amamentação em empresas públicas e privadas.
No encontro com os empresários, será entregue aos empregadores um folder sobre como apoiar a continuidade da amamentação na empresa após a licença maternidade, além de uma cartilha para a mulher trabalhadora com esclarecimentos sobre a importância do aleitamento materno para a saúde dela e do bebê, e como manter essa prática após retorno ao trabalho. O evento é uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, da Secretaria de Atenção à Saúde do MS.

BENEFÍCIOS - Com a implantação de uma sala de apoio à amamentação, não só mães e filhos são beneficiados. Empresas que tomam essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos. Considerando que o leite materno possui anticorpos que previnem doenças e, consequentemente, crianças que mamam no peito adoecem menos.
Também ao dar mais conforto e valorizar as necessidades de suas funcionárias, os empregadores podem ter uma adesão maior ao emprego, com a consequente permanência de pessoal capacitado na empresa, o que leva a uma percepção mais positiva da imagem da instituição perante os funcionários e a sociedade.

A mãe, se preferir, também pode doar o leite materno para um Banco de Leite Humano. “É importante destacar que a sala possui baixo custo de implantação e manutenção”, afirma a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento materno do MS, Elsa Giugliani, ressaltando que além de instalações em que as mães se sintam confortáveis e seguras, é preciso oferecer condições adequadas de limpeza e higiene para que o leite chegue à criança com a qualidade necessária.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação por até dois anos de idade ou mais, desde que complementada por outros alimentos adequados à nutrição do bebê a partir dos seis meses.

Portal do Ministério da Saúde

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O processo biológico do crescimento: fundamentos de importancia para prática clínica.

De um modo geral, considera-se o crescimento como aumento do
tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do aumento
em altura (crescimento linear). De um modo mais amplo, pode-se
dizer que o crescimento do ser humano é um processo dinâmico e
contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida, considerando os fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e
órgãos. É considerado como um dos melhores indicadores de saúde
da criança, em razão de sua estreita dependência de fatores ambientais,
tais como alimentação, ocorrência de doenças, cuidados gerais
e de higiene, condições de habitação e saneamento básico, acesso
aos serviços de saúde, refletindo assim, as condições de vida da criança, no passado e no presente.
O planejamento familiar, a realização de uma adequada assistência
pré-natal, ao parto e ao pós-parto, as medidas de promoção, proteção e
recuperação da saúde nos primeiros anos de vida são condições cruciais para que o crescimento infantil se processe de forma adequada.

Fatores que influenciam o crescimento:
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento
do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal.
Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que
poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que
esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre influências de fatores próprios (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados,
ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores
exterior, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a
higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança. Como conseqüência, as condições em que ocorre o crescimento,
em cada momento da vida da criança, incluindo o período
intra-uterino, determinam as suas possibilidades de atingir
ou não seu potencial máximo de crescimento, dotado por sua
carga genética. Com relação ao crescimento linear (estatura), pode-se dizer que a altura final do indivíduo é o resultado da interação entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente que permitirão a maior ou
menor expressão do seu potencial genético. Nas crianças menores de cinco anos, a influência dos fatores ambientais é muito mais importante do que a dos fatores genéticos para expressão de seu potencial de crescimento. Os fatores genéticos apresentam a sua influência marcada na criança maior, no adolescente e no jovem.

A herança genética
A herança genética é a propriedade dos seres vivos de transmitirem
suas características. Do ponto de vista do crescimento, a herança genética recebida do pai e da mãe estabelece um potencial ou alvo que pode ser atingido. Poucas funções biológicas dependem tanto do potencial genético como o crescimento. No entanto, a qualquer momento, desde a concepção e especialmente nas crianças pequenas, fatores ambientais podem perturbar o ritmo e a qualidade deste processo. O alcance dessa meta biológica depende, na verdade, das condições do ambiente onde se dá o crescimento da criança sendo sua influência marcante. Existem grandes variações individuais no potencial de crescimento dado pela herança genética. Observa-se, por exemplo, que a variação de altura da população adulta, saudável, do sexo masculino é cerca de 20 cm, enquanto que esta mesma variação entre irmãos é de 16 cm e entre gêmeos homozigóticos é de 1,6 cm. A análise do banco de dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN, 1989), referente à uma amostra de jovens de 20 anos, saudáveis e de classe média alta, todos com uma grande probabilidade de terem atingido seu alvo genético de crescimento, mostra uma taxa de variação nas suas alturas, com os mais baixinhos, podendo apresentar médias em torno de 1,64 cm, enquanto os mais altos poderão ter 1,90 cm ou mais.

Velocidade do crescimento das diferentes partes do corpo:
As diversas partes do corpo apresentam diferentes ritmos de crescimento. Assim, é que a cabeça no feto aos 2 meses de vida intra-uterina representa, proporcionalmente, 50% do corpo; no recém-nascido representa 25% e na idade adulta 10%. A menarca, que expressa o crescimento do tipo reprodutivo, surge na fase de declínio
do pico de crescimento da puberdade. A influência do fator genético na idade da menarca pode ser exemplificada na observação de que, no oeste europeu, irmãs gêmeas homozigóticas atingem a menarca em média com dois meses de diferença, enquanto gêmeas heterozigóticas apresentam uma diferença média de 12 meses no aparecimento do primeiro ciclo menstrual. Existem também diferenças de crescimento de outros tecidos e partes do corpo, como, por exemplo, o sistema linfóide (timo, nódulos linfáticos e massa linfática intestinal) e o crescimento do tecido ósseo (crescimento linear). Isso é muito importante porque
é no período de maior velocidade de crescimento, quando os órgãos e tecidos estão se formando, que o organismo está mais exposto ás agressões externas, onde as lesões são mais extensas e mais graves. Exemplo típico são as lesões do tubo neural que ocorrem nas
quatro primeiras semanas de vida e que dão origem às malformações do sistema nervoso, das quais a mais grave é a chamada espinha bífida.

A influência do meio ambiente:
A influência do meio ambiente ocorre desde a vida intra-uterina,
quando o crescimento é limitado a partir de um certo momento pelo
espaço da cavidade intra-uterina, até a idade adulta. Habicht, em 1974, demonstrou que crianças menores de 5 anos de diversas nacionalidades, crescem num ritmo semelhante (a exceção dos orientais e algumas tribos africanas), desde que submetidas a boas condições de vida. O mesmo não acontece com crianças de mesma nacionalidade,
porém sob condições socio-econômicas diferentes (as de nível alto
crescem de modo similar às crianças de países desenvolvidos, enquanto as de baixo nível -crescem em ritmo mais lento).
Cada vez mais, existem evidências sobre a uniformidade genética
da espécie humana e o peso crescente de outros condicionantes, favorecendo ou impedindo a expressão do potencial genético.
Também se comprovou que filhos de imigrantes japoneses que nasciam
e viviam nos Estados Unidos eram mais altos que os seus patrícios
que permaneciam vivendo no Japão. Atualmente, com o desenvolvimento alcançado pelo Japão, essa diferença desapareceu, evidenciando assim a grande influência que os fatores ambientais exercem sobre a tendência secular de crescimento de grupos populacionais. É importante salientar que quanto mais jovem a criança, mais dependente e vulnerável é em relação ao ambiente. Isso faz com que condições favoráveis ao crescimento sejam função, não apenas dos
recursos materiais e institucionais com que a criança pode contar (alimentação, moradia, saneamento, serviços de saúde, creches e pré-
escolas), mas também dos cuidados gerais, como o tempo, a atenção,
o afeto que a mãe, a família e a sociedade como um todo lhe dedicam.
Tempo, atenção e afeto definem a qualidade do cuidado infantil e, quando maximizados, permitem a otimização dos recursos materiais e
institucionais de que a criança dispõe. Num estudo com 300 pares de gêmeos homozigotos criados separados, e em condições socioeconômicas bem diferentes, observou-se uma variação média de 6 cm de altura quando adultos, sendo que os indivíduos criados em ambientes carentes e com acesso limitado às ações de saúde foram sempre mais baixos que seus irmãos.
Um bom exemplo da influência do meio ambiente sobre o crescimento é o de gêmeos homozigóticos (portanto com a mesma herança e potencial
genético de crescimento): quando criados separadamente em meios
diferentes, o que cresceu em meio favorável tende a atingir sua meta de
crescimento determinada pelo seu potencial genético enquanto o que
foi criado em meio desfavorável, cresce inferior ao seu potencial genético.

O crescimento intra-uterino e o peso ao nascer:
O período de crescimento intra-uterino é de vital importância para
o ser humano. É quando se observa maior velocidade de crescimento.
Uma idéia dessa velocidade pode ser ilustrada pelos seguintes fatos:
no curto período que vai da concepção até o momento da implantação
no útero, o ovo apresenta várias divisões celulares, de modo que, ao
implantar-se, já possui 150 células. Ao final da 8ª semana após a fertilização (cerca da 12ª semana de gestação), termina o período embrionário e o concepto já apresenta a forma humana com braços e pernas, um coração que bate e um sistema nervoso que mostra sinais de início de respostas reflexas ao estímulo táctil. É neste período, de maior velocidade de crescimento, que os riscos externos (agentes infecciosos, mal nutrição materna, uso pela mãe de
tabaco e outras drogas, insuficiente irrigação placentária, enfermidades
maternas, entre outros) de agressão para o feto são maiores, mais graves e com repercussões mais generalizadas. O controle pré-natal periódico desde o
primeiro trimestre e durante toda a gestação,é fundamental para identificar os fatores de risco do retardo de crescimento intra-uterino. No exame clínico da gestante, a altura do fundo de útero para a idade gestacional é uma das medidas de importância para avaliar o crescimento do feto. A sua medida padronizada, seriada e comparada com um padrão de crescimento de peso para idade gestacional permite detectar crianças de risco. Valores abaixo do percentil 10 da referência aumenta em 3,5 % o risco de retardo de crescimento intra-uterino. A associação da altura uterina com o ganho de peso materno durante a gestação tem uma sensibilidade de 75% para predizer bebês pequenos para a idade gestacional. No caso desses dois indicadores apresentarem valores abaixo dos limites padronizados como de normalidade, a gestante deve ser referida para um nível de maior complexidade assistencial.

A desaceleração do crescimento intra-uterino:
O crescimento em comprimento e o peso do feto seguem o mesmo padrão, entretanto, o pico da velocidade de ganho ponderal é atingindo mais tarde, por volta da 32ª semana (terceiro trimestre). Entre a 34ª e a 36ª semana, a velocidade de crescimento do feto começa a diminuir devido a influência do espaço da cavidade uterina que vai se tornando completamente ocupado. Fetos gemelares diminuem a sua velocidade de crescimento mais cedo que o feto único, e isso ocorre quando a soma do peso dos dois fetos é aproximado ao peso do feto único com 36 semanas. A importância prática desse mecanismo de desaceleração do crescimento intra-uterino é que permite a uma criança geneticamente grande crescer no útero de uma mulher pequena e apresentar peso de nascimento nos níveis mais baixos do
que deveria ter pelo seu potencial genético de crescimento. São portanto,
crianças geneticamente grandes nascidas de mães pequenas que a partir
dos primeiros meses de vida alcançam níveis de crescimento mais altos;
por outro lado, crianças geneticamente pequenas nascidas de mães
grandes tendem a direcionarem-se para níveis mais baixos. Isso tem
uma implicação prática grande, pois durante os 18 primeiros meses de
vida muitos bebês podem mudar seu canal de crescimento para comprimento
e peso, mesmo sem a ocorrência de patologias ou alterações na sua nutrição.
A altura materna é de grande importância em Saúde Pública por ser um marcador da história nutricional da mãe e apresentar forte associação com o baixo peso do recém-nascido. Crianças filhas de mães com altura inferior a 1,50 metros apresentam risco elevado de baixo peso ao nascer. Essa associação é mais marcante nas famílias de baixa renda (menos de
seis salários mínimos de renda familiar).

O peso ao nascer
O indicador que melhor retrata o que ocorre durante a fase fetal é o
peso de nascimento da criança. Pesos ao nascer menor que 2.500 g
podem ser decorrentes de prematuridade e/ou déficit de crescimento
intra-uterino. Recém-nascidos com menos de 2.500 g são classificados,
genericamente, como de baixo peso ao nascer. Vários fatores podem influir negativamente no crescimento intra-uterino, sendo que, no nosso meio, os mais importantes são: o fumo,o álcool e outras drogas, a hipertensão arterial, as doenças infecciosas crônicas, as doenças sexualmente transmissíveis, o estado nutricional da gestante, o curto intervalo interpartal (menor do que dois anos), a elevada paridade, a idade materna (<19>35 anos), a gestação
múltipla e as anomalias congênitas. Por essa razão, são chamados fatores
de risco para baixo peso ao nascer (<2.500g).>37 semanas) que não tiveram bom crescimento no útero, ou seja, apresentam retardo de crescimento, sendo chamados de pequenos para a idade gestacional.
Pode ocorrer que bebês prematuros sejam também pequenos para a
idade gestacional. Outros bebês podem ser grandes para a sua idade
gestacional, como ocorre com bebês filhos de mães diabéticas.
Segundo os dados já analisados do Sistema de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS), dos 63% dos óbitos ocorridos em crianças menores de 7 dias, no ano de 1997, com peso declarado no atestado de óbito, 71% tinha peso menor que 2.500g. Nos óbitos de crianças menores de 1 ano, nesse mesmo ano, o peso só foi declarado em 47,18%, desta percentagem (de óbitos com peso declarado) o baixo peso ao nascer esteve presente em 63% dos óbitos infantis. Apesar de toda criança com peso de nascimento inferior a 2.500 g ser considerada como de risco, bebês prematuros (nascidos com menos
de 37 semanas de gestação) cujo peso é adequado para a idade gestacional têm melhor prognóstico (excetuando-se os de menos de 1.000 g), especialmente aqueles que vivem em condições ambientais favoráveis. Tais crianças apresentam crescimento pós-natal compensatório, chegando ao peso normal para a idade. Independente da causa desencadeante, o peso de nascimento inferior à 2.500g é o fator de risco mais comumente associado às mortes Peri natais, e representa um dos principais indicadores de risco para
o crescimento pós-natal, devendo ser investigado em cada criança atendida.
Toda criança com históriade baixo peso ao nascer deve ser considerada como criança de risco nutricional e acompanhada com maior assiduidade pelosserviços de saúde,principalmente no primeiro ano de vida. A velocidade de crescimento pós-natal é particularmente elevada até os dois primeiros anos de vida com declínio gradativo e pronunciado até os cinco anos de idade. A partir do quinto ano, a velocidade de crescimento é praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da adolescência (o que ocorre em torno dos 11 anos de idade nas meninas e dos 13 anos nos meninos). A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do corpo não crescem com a mesma velocidade.

Campanha de Aleitamento Materno



Vídeo da Campanha nacional de Aleitamento materno realizada pelo Ministério da Saúde.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente.















O crescimento e o desenvolvimento são eixos referenciais para todas
as atividades de atenção à criança e ao adolescente sob os aspectos
biológico, afetivo, psíquico e social.
Uma das estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde, a partir de
1984, visando incrementar a capacidade resolutiva dos serviços de
saúde na atenção à criança, foi a de priorizar cinco ações básicas de
saúde que possuem comprovada eficácia:

· Promoção do aleitamento materno
· Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
· Imunizações
· Prevenção e controle das doenças diarréicas
· Prevenção e controle de infecções respiratórias agudas
Tais ações devem constituir o centro da atenção a ser prestada em toda a rede básica de serviços de saúde. E, nesse sentido, o Ministério da Saúde estabeleceu normas técnicas, definiu instrumentos operacionais e promoveu a capacitação de recursos humanos. A partir de 1996, o Ministério da Saúde vem ampliando investimentos para promover a organização da atenção básica nos municípios. Para tanto, definiu os Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde da Família (PACS/PSF) como as estratégias prioritárias capazes de resgatar o vínculo de co-responsabilidade entre os serviços e a população, favorecendo não só a cura e a prevenção de doenças, mas também a valorização do papel das pessoas, das famílias e da comunidade na melhoria das condições de saúde e de vida. São os Agentes Comunitários de saúde que pesam as crianças nas visitas domiciliares, registram o peso no cartão, desenham as curvas no gráfico, orientam as mães, reportam os achados à unidade de saúde, encaminhando os casos indicados pelo enfermeiro instrutor-supervisor. Como parte do processo de fortalecimento da atenção básica, a meta do Ministério é intensificar a utilização
do Cartão da Criança, reforçando junto às mães a importância deste
instrumento no acompanhamento da saúde de seus filhos.
Outras ações e programas do Ministério da Saúde estão sendo implantados
no País para melhorar as condições de saúde e nutrição de crianças.
Em 2001, foi lançado o Programa Bolsa-Alimentação que visa aprimorar
as ações de combate às carências nutricionais em crianças de até seis
anos de idade. Este manual é mais um importante instrumento técnico
para os profissionais que realizam o diagnóstico e fazem o acompanhamento
dessas crianças no âmbito da atenção básica de saúde. O Manual para o Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento foi dividido em duas partes: a parte 1 aborda o crescimento, a parte 2, o desenvolvimento. Embora o crescimento e o desenvolvimento configurem um processo global, dinâmico e contínuo, a decisão de separar, do ponto de vista didático, a avaliação do crescimento da avaliação do desenvolvimento deve-se ao fato de sua abordagem apresentar sistemáticas e metodologias diferenciadas e específicas. Crescimento, procedeu-se à atualização do conteúdo, abordando-se alguns aspectos fundamentais do processo biológico do crescimento de interesse para a prática clínica, assim como os principais fatores que interferem neste processo. Foram introduzidos, também, outros índices antropométricos como mais uma ferramenta para avaliar o crescimento e que poderão ser usados, em caráter complementar ao índice peso/idade, nos serviços de maior complexidade que tenham condições de utilizá-los. O Desenvolvimento, a avaliação foi modificada em relação às edições dos manuais anteriores de normas técnicas. O enfoque psicométrico foi acrescido de uma abordagem mais psíquica, valorizando o vínculo mãe/filho e criança/família como medida de promoção da saúde mental e prevenção precoce de distúrbios psíquico/afetivos. O manual destina-se aos profissionais de saúde de nível superior que prestam atendimento infantil nos diversos níveis da atenção, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade de suas práticas e, por extensão, a qualidade de vida das crianças, mediante a monitoração do seu crescimento e desenvolvimento.

sábado, 19 de junho de 2010

Benefícios da Amamentação

Não há alimento mais completo para um bebê
do que o leite materno. Até os 6 meses,o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite), só depois desse período é que a amamentação deve ser complementada com outros alimentos.


O leite materno mata a sede, pois é constituído por cerca de 80% de água, e nutre pois apresenta todos os nutrientes que o bebê precisa (carboidratos, lipídios e proteínas). O leite materno também contém anticorpos, fato importante se considerarmos
que até os 6 meses o sistema imunitário da criança é pouco desenvolvido.



Benefícios para o bebê

  • O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os 6 meses;
  • Protege a criança de muitas doenças;
  • Favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê;
  • Beneficia a disposição correta dos dentes.


Benefícios para a mãe

  • Reduz o peso mais rapidamente após o parto;
  • Ajuda o útero a recuperar o seu tamanho normal, diminuido o risco de hemorragia e anemia após o parto;
  • Reduz o risco de diabetes;
  • Reduz o risco de câncer de mama e ovário;
  • Amamentar impede uma nova gravidez por cerca de 6 meses desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser) e ainda não tenha menstruado.


    Amamentar é um ato de amor!!!

Dados retirados do Portal do Ministério da Saúde

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Drogas

Faz parte da adolescência buscar novas experiências e sensações. Entra a curiosidade pelo uso das drogas tanto as lícitas quanto as ilegais.
  • Álcool

7% dos adolescentes de idade de 12 a 17 anos são dependentes

O uso abusivo do álcool pode levar ao alcoolismo,cirrose,câncer de fígado e pode afetar no comportamento levando a pessoa a ficar agressiva.

  • Tabagismo

24% já fumaram ou fumam

O cigarro pode causar doenças como o câncer de pumão,faringe e boca, além de problemas cardíacos,circulatórios e pulmonares.

  • Inalantes

São produtos industriais como os de limpeza, solventes, clorofome, éter, gases, etc.

Causa danos ao fígado,rins, perda de peso e ferimentos na boca e nariz. Em usuários crônicos pode causar lesões irreverssíveis no cérebro e até morte.

  • Maconha

É o nome popular da planta Cannabis sativa. Pode alterar o senso de percepção,gosto,tato.olfato e noção de tempo.

Prejudica a memória, os reflexos, pode causar problemas no aparelho respiratório.

  • Cocaína

Causa nos usuarios euforia, auto-confiança, mas pode gerar sensação de perseguição,ansiedade,panico.Diminui o sono,cansaço e apetite.

Altera as batidas do coração,pressão arterial e temperatura. A overdose dessa substância pode levar a morte por depressão,convulsão e parada cardíaca.

  • Crack

Proveniente do refino da cocaína pode levar a dependência rapidamente. Em poucos segundos atinge o sistema nervoso causando euforia e agitação,em seguida vem a depressão.

Seu uso leva à perda de apetite, perda de peso e desnutrição, insonia,rachaduras nos lábios e gengivas,tosse,problemas cardíacos e respirátorios,depressão e sentimento de perseguição.

É preciso ter consciência quando se busca algo novo !!!

Dados retirados do Portal do Ministério da Saúde

A gravidez na adolescência está em queda

Em 2007 ocorreram 2.795.207 milhões de nascimentos no Brasil,dos quais 594.205(21,3%) foram de mães entre 1o e 19 anos de idade. Esses dados tende a diminuir com as campanhas em relação ao uso de preservativos e métodos anticoncepcionais.
Dos partos atentidos pelo SUS em 2007 pode-se ver:
  • partos de mulheres de 20 a 24 anos representam 31%
  • partos de adolescente de 15 a 19 anos representam 23%
  • partos de adolescentes de 10 a 14 anos representam 1%

Mesmo havendo queda da gravidez entre as adolescentes o número ainda é preocupante pois estas na maioria das vezes são de baixa condição social e a gravidez nem sempre é desejada.

  • 408.400 mil partos de mulheres na faixa de 10 a 19 anos foram relizados em 2009 tendo queda em relação a 2007 que foram realizados 594.205 mil partos.

Previnir é necessário!!!

Dados retirados do Portal do Ministério da Saúde

Saúde do escolar

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2009) elaborada pelo IBGE e financiada pelo Ministéri da Saúde pode-se concluir que:
  • 27% dos estudantes beberam ao menos uma vez nos ultimos 30 dias
  • 76% dos alunos nunca fumaram
  • 76% que já iniciaram a vida sexual, utilizaram preservativo na ultima relação
  • 87,5% dos alunos da rede pública tiveram informações sobre prevenção de DST's
  • mais de 80% tiveram lição de como previnir gravidez
  • mais de 30% são inativos ou insuficientemente ativos em atividades física
  • 73% dos adolescentes informaram escovar os dentes ao menos 3 ou mais vezes ao dia

Dados retirados do Portal do Ministério da Saúde